Em nova HQ, herói discursa diante da ONU e pede ação global contra o mal.
'Estou cansado de ter meus atos usados como instrumento dos EUA', critica.
(Foto: AP/DC Comics) |
Considerado um dos maiores ícones dos valores dos Estados Unidos da América, o personagem das histórias em quadrinhos Superman chega perto de renunciar à cidadania norte-americana na nova edição da revista "Action Comics", lançada nesta quarta-feira (27) pela editora DC.
"Estou cansado de ter meus atos usados como instrumento para a política dos Estados Unidos", diz o Homem de Aço no número 900 da mesma publicação em que fez sua primeira aparição, em 1938.
O discurso é proferido diante de representates da Organização das Nações Unidas (ONU), a quem o super-herói se dirige para pedir uma ação mais global no combate às forças do mal. "O mundo é pequeno demais. Conectado demais", defende ele nas páginas da HQ.
Apesar das ameaças de entregar o "green card", o herói alienígena do planeta Krypton criado por um casal de fazendeiros do estado de Kansas, não chega a desistir efetivamente da cidadania na história.
Reação conservadora
Analistas conservadores reagiram com desaprovação às declarações de Superman, que por muitos anos se apresentou como um símbolo da "Verdade, Justiça e do modo de vida americano".
"Será que ele acredita no intervencionismo britânico ou na neutralidade suíça?", criticou o colunista Jonatha Last, blogueiro do "The Weekly Standard". "Se o Superman não acredita na América, então ele não acredita em nada", completou.
Para os editores da DC Jim Lee e Dan DiDio, no entanto, as declarações do personagem não devem ser levadas a ferro. "Em uma história curta na 'Action Comics' 900, Superman anuncia sua intenção de dar um foco global a sua batalha interminável, mas ele permanece, como sempre, comprometido com seu lar adotivo e suas raízes de um garoto interiorano de Smallville", defenderam Lee e DiDio em comunicado divulgado para rebater as críticas.
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