O repórter da BBC Stephen Evans foi a Estocolmo, na Suécia, para conhecer a empresa que fornece os servidores usados pelo site Wikileaks. O antigo abrigo nuclear fica em um dos bairros mais badalados da capital sueca, escavado em uma montanha.
Portas e paredes grossas protegem as entradas e, uma vez que o visitante passa por elas, encontra plantas tropicais que sobrevivem graças ao calor e umidade do local.
Dentro do abrigo ficam cerca de 8 mil servidores da Banhnhof, que atendem várias empresas. O site Wikileaks tem apenas dois servidores, cercado por fileiras de muitos outros servidores da empresa.
O Wikileaks e seu fundador, Julian Assange, estão sob forte pressão internacional desde que começaram a divulgar mais de 250 mil mensagens diplomáticas secretas americanas.
Jon Karlung, fundador da Banhof, afirma que o Wikileaks pode ter escolhido sua empresa pelo histórico de transparência e liberdade de expressão da Suécia. Mas, deixa claro que o site tem um contrato normal e é tratado como um cliente normal.
Quando o repórter da BBC pergunta se existe o risco de alguém conseguir acesso aos servidores e apagar os arquivos, Karlung é sincero.
O fundador da Banhof afirma que seria ingênuo se não pensasse na possibilidade de um ataque virtual, já que estes ocorrem em toda a internet e não apenas no Wikileaks. E, por isso, a empresa separou o site de seus outros negócios.
O abrigo onde estão os servidores do Wikileaks parece uma mistura de ficção científica com filmes de espionagem, com os guardiões de informações tão polêmicas trabalhando sem parar para manter o site funcionando.
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