Poucos metros de um tornado



Uma equipe de reportagem do Fantástico chegou a poucos metros de um tornado, enfrentando fortes ventanias e tempestades de gelo. O repórter Rodrigo Alvarez e o cinegrafista Luiz Cláudio Azevedo atravessaram seis estados americanos (Colorado, Nebraska, Kansas, Oklahoma, Wyoming Dakota do Sul) em 6.115 km de estrada em oito dias.

As planícies do meio-oeste americano são o lugar com maior incidência de tornados em todo o planeta, mais de mil por ano. Em Alliance, no Estado de Nebraska, a meteorologia prevê possibilidade de 30% de aparição do fenômeno.



Após achar seu primeiro tornado, o repórter Rodrigo Alvarez descreveu a experiência: "É uma formação perfeita, uma nuvem branca que se afunila e, a cada instante, fica mais próxima do chão. O tornado toca o solo no momento em que nos aproximamos dele".



Quando se aproximou da primeira tempestade, o guia da equipe ficou preocupado com a previsão de que cairiam bolas de gelo de até seis centímetros de diâmetro e a equipe se retirou do local.



O objetivo seguinte da equipe foi ir atrás de uma imagem no radar que indicava a formação de um tornado. Ao chegar ao local, a equipe encontrou um fenômeno muito raro: dois tornados ao mesmo tempo, o que indica a existência de uma grande tempestade.



A viagem seguiu para o oeste dos EUA, a 350 km do local onde foram encotrados os dois tornados, no planalto do Colorado. A equipe encontrou uma nuvem que encostou no chão e começou a girar lentamente.



Ciência

Nuvens gigantes e com formato de cogumelo são conhecidas pela ciência como super-célula. Viajam desgarradas do resto da tempestade e giram em uma espiral.



Acredita-se que o principal fator pra formação de um tornado é o encontro de ventos com velocidades e temperaturas diferentes, que provocam uma reação violenta no interior da nuvem. Fora isso, há uma série de outros ingredientes dentro e fora da nuvem, como a altitude da tempestade ou a umidade do ar.



Eles se formam em menos de 1% dessas nuvens gigantes e só é possível prevê-los 13 minutos antes do nascimento. "Há muitas tempestades que parecem estar a ponto de produzir um tornado, mas isso não acontece", explica Josh Wurman, diretor do projeto Vortex.



"Deve haver algo no ambiente que interrompe a formação do tornado. Será que o ar lá embaixo esta muito frio? Muito quente? Tem muito vapor? Pouca chuva e granizo? Ainda não sabemos”, conclui Wurman. O projeto Vortex é a maior pesquisa científica sobre tornados da história. Ele viaja os Estados Unidos atrás de super-nuvens. Cento e vinte pesquisadores no campo de batalha.



As equipes de pesquisa dispõem de câmeras de alta definição. São 12 radares diferentes para entender os movimentos atmosféricos antes e durante a passagem do tornado. Os pesquisadores americanos tentam descobrir, principalmente, porque apenas um determinado tipo de nuvem forma um tornado. Mas o raro fenômeno se esconde até da ciência.



Fim da viagem

O radar apontou um alerta para tornados em uma tempestade. A equipe seguiu uma nuvem gigante com um carro na estrada, quando o tornado começou a se formar na frente deles.



A super-nuvem que carregou o tornado se movimentava a aproximadamente 40 km/h.



Uma grande ventania foi provocada pela passagem do tornado. O local onde ocorreu o fenômeno é ermo e não causou danos materiais. Depois de 15 minutos, o tornado começou a desaparecer. Na sequência ocorreu uma chuva de granizo.



A forte geada, composta por pedras grandes de gelo, dificultam o trabalho da equipe, derrubou a câmera e quase levam a porta do carro.



O segundo tornado começou a ser formado em pouquíssimos metros. Foi um dia raro porque a previsão do tempo falava que havia possibilidade mínima de formação de tornados, apenas 2%.




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