Fãs do videogame prestam homenagens à faminta bolinha amarela.
Apesar de raridade, ainda é possível jogar Pac-Man em fliperamas.
Na Casa da Matriz, a combinação Pac-Man e cerveja faz com que frequentadores não desgrudem do fliperama. (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Há 30 anos ele come pastilhas e frutinhas sem parar, mas nem por isso o Pac-Man deixou de ser uma bolinha amarela esbelta. Está certo que frutas fazem bem à saúde e ninguém sabe do que as pastilhas são feitas, mas fugir dos fantasmas que o perseguem certamente é um dos segredos da boa forma desse “trintão”, que marcou uma geração.
A criação do japonês Toru Iwatani, lançada em 22 de maio de 1980 pela Namco, empresa de videogames com sede em Tóquio, conquistou admiradores em todo o mundo e ultrapassou os limites da tela.
“O Pac-Man, os fantasminhas, as frutinhas, tudo isso virou referência iconográfica”, observa a designer gráfica Isabel Lippi, de 35 anos. “Se você quer falar dos anos 80, provavelmente vai lembrar do Pac-Man. É quase a estética de uma época”, complementa ela, que tirou a sua foto do perfil na rede social na internet Facebook e pôs uma imagem dos fantasmas. "Temporariamente", avisa.
Hoje é possível comprar camisas com a imagem do labirinto, ou apenas do Pac-Man, ou dos fantasmas, muitas vezes estilizados. Também existem relógios e taças comemorativas pelos 30 anos do jogo. E o Pac-Man chegou às unhas das jovens japonesas. “As pessoas de 30 anos que gostavam de Pac-Man, hoje, ao recordar o jogo, relembram de uma época boa, da infância”, aposta Isabel.
Ideia simples é apontada como razão do sucesso do jogo
A ideia de uma carinha “smiley” – famosa iconografia americana - que precisa comer todas as pastilhas existentes em um labirinto, sem se deixar alcançar por fantasmas, é apontada por fãs de Pac-Man como um dos segredos do sucesso planetário do jogo. “A comunicação que existe entre Pac-Man e o jogador é muito simples. Você aprende a jogar na primeira manipulada do manche: tenho que comer biscoitinhos e fugir dos fantasminhas, analisa o empresário Daniel Koslinski.
(Reprodução: site Trash80s)
Sócio da Casa da Matriz, uma das boates mais frequentadas da noite carioca, Koslinski mantém na discoteca uma máquina com o jogo. “É uma versão nova, a Mrs. Pac-Man”, conta ele. “Mas eu tive o ‘arcade’ original, ou fliperama, como é mais conhecido no Brasil. Era da década de 80, todo pintado com os personagens de Pac-Man”, conta, orgulhoso. O empresário lembra ainda do “vício” em jogar Pac-Man. “Eu jogava muito! Apenas meu gerente, o Alexandre, conseguia me barrar”, empolga-se.
Ainda é possível jogar Pac-Man em fliperamas
Koslinski recorda que adorava jogar Pac-Man em fliperamas de rua, que eram uma febre na década de 80. Entretanto, com a invasão dos computadores, vieram as lan houses, e os antigos “flipers” estão praticamente extintos. “É muito difícil encontrar o jogo no formato fliperama”, afirma Luís Quedinho, dono da Entreter Diversões, que vende e aluga mesas de sinuca, de totó e fliperamas. “Os jogos de hoje estão muito mais realistas. Acho que o Pac-Man não atrai tanto as crianças”, observa Quedinho.
Apesar disso, é muito fácil baixar Pac-Man da internet e jogar no computador. Desde sexta (21), e neste sábado (22) de aniversário da bolinha amarela, basta acessar o Google para jogar na página inicial do site de buscas.
Para os saudosistas do Rio, ainda é possível encontrar as enormes máquinas de fliperama em shoppings, em uma loja na Rua do Acre, no Centro, e na própria Casa da Matriz, em Botafogo, na Zona Sul. “Mas eu vou tentar comprar um gabinete com o jogo original, porque, os marmanjos de 30 anos, bêbados, já quebraram mais de 30 Ataris que coloquei para o pessoal jogar”, diverte-se Koslinski.
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