Nerds transformam opiniões e viram os novos 'queridinhos' da sociedade

Os nerds não mudaram. O que mudou foi a sociedade. Depois que os esquisitos do colégio se tornaram os homens mais ricos do mundo, ser nerd virou uma escolha, e não uma imposição. “Quando eu estava no colégio, o grupo de nerds era formado por pessoas que haviam sido excluídas de outros grupos. Hoje, as crianças optam por ser nerds”, conta Benjamin Nugent, autor do livro “American Nerd: The Story of my People” ("Nerd Americano: A História do Meu Povo", ainda sem publicação em português), em entrevista ao site G1.




O Dia do Orgulho Nerd foi criado em 2006 para celebrar essa transformação. A data escolhida foi 25 de maio em referência à estreia do primeiro filme da série Guerra nas Estrelas, em 1977, um dos ícones do movimento. “Nerd é uma identidade subcultural que os jovens escolhem em uma prateleira onde também estão os hippies, punks e skatistas”, completa Nugent.
“O nerd não mudou. Ele continua sendo aquele cara completamente ligado e entendido sobre certos assuntos, como tecnologia e quadrinhos. O que mudou foi a cultural atual, que valoriza isso. Os nerds querem ser nerds e as pessoas querem ter nerds por perto”, explica a especialista em comunicação e cultura Lia Amancio.

Para Nugent, a maior aceitação dos nerds pela sociedade os tornou mais sociáveis. Hoje, eles se sentem mais confortáveis ao serem chamados de nerds, especialmente as meninas. “No momento em que há mais meninas no grupo, isso muda tudo para melhor. Quando eu tinha 14 anos, havia apenas uma menina que saía com a gente. Uma”, conta Nugent.
“É notável o quanto os nerds permanecem os mesmos. O livro ‘Tom Brown's School Days’, escrito em 1857, mostra nerds construindo máquinas em seus quartos e sendo oprimidos por fazerem isso” explica Nugent, citando a obra publicada há mais de 150 anos. “Naquela época, eles não eram chamados de nerds, mas já existiam.”
O termo “nerd” foi citado pela primeira vez no livro “If I Ran the Zoo” (“Se eu Cuidasse do Zoológico”), em 1950, para descrever um bichinho desengonçado, e se tornou popular nos Estados Unidos no início da década de 60.

Efeito Gates

Os especialistas responsabilizam um dos homens mais rico do mundo pelo prestígio conferido aos nerds hoje. “Parte do que trouxe os nerds para o mainstream cultural foi o fato de o Bill Gates fazer parte do grupo”, diz Nugent. “Os nerds de ontem deram a volta por cima em termos de reputação: você batia em mim na escola e olha onde eu estou agora”, complementa Lia. Filmes e séries de Hollywood ajudaram a transformar a opinião sobre os nerds. “Os retratos dos nerds se tornaram mais simpáticos nos filmes”, diz Nugent.

O nerd de apenas 15 anos Daniel Barradas tem como ídolo, além de Bill Gates, o personagem Leonard, da série “The Big Bag Theory”. O programa, exibido no Brasil pelo Warner Channel, conta a história de quatro físicos superinteligentes viciados em quadrinhos e videogames.
Barradas, que ganhou o primeiro computador aos 5 anos, vai prestar o vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), quer ser físico na área espacial e tem como matérias prediletas matemática e física. Para completar, ele conquistou a medalha de menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Física em 2010, escreveu um livro publicado quando ele tinha 11 anos e está produzindo o próximo.
“Acho que ainda existe muito preconceito. Quando eu tiro uma nota boa ou ganho um prêmio, os outros alunos me olham de um jeito estranho. Mas isso tem mudado”. Barradas conta que o número de alunos aderindo ao grupo dos nerds da turma está aumentando. Em 2010, eles eram três. Hoje, o grupo é formado por sete estudantes em um total de 50.
“Ainda que seja um grupo pequeno, as pessoas estão tentando entender essa cultura. Eu não tenho do que me envergonhar. Pelo contrário. Ser nerd é bom porque eles são mais inteligentes e têm mais chances de conseguir emprego”, defende o estudante do 1º ano do Ensino Médio que começou a se interessar pela cultura nerd quando ganhou um lego do Guerra nas Estrelas.
Abrangente

Para ser considerado nerd, Barradas acredita que a pessoa deve gostar dos assuntos que faziam parte da origem do termo, como os quadrinhos e tecnologia. Já Lia acha que o termo se tornou mais abrangente. “É difícil identificar um nerd pelo jeito dele se vestir. Quem não faz parte do grupo chama tudo de nerd. As fronteiras ficaram mais tênues”, explica.

Para tirar a prova sobre o que realmente mudou, basta comparar o ícone dos nerds de 1980 e de 2011: Bill Gates e Mark Zuckerberg, respectivamente. “A maior diferença entre Gates e Zuckerberg é que o fundador do Facebook era excepcionalmente jovem quando começou a ter influência. Ele é exposto para o público por meio das tecnologias que os nerds ajudaram a construir. Podemos invadir a privacidade de Zuckerberg pelas redes sociais”, diz Nugent.
No entanto, o fato de a tecnologia ter se popularizado não transformou o nerd, segundo Lia. “Usar a internet com frequência não faz de ninguém um nerd. O cara vai continuar sendo nerd independente da tecnologia. O que pode ter acontecido é que todo mundo hoje tem computador e Twitter. Por isso, o nerd está sendo mais aceito”, opina. “A forma como um computador se comunica é completamente racional e explícita. Nada é insinuado. Então, as pessoas que trabalham com PCs muitas vezes se sentem bem desse jeito, se sentem confortáveis com a comunicação racional e complexa”, completa Nugent.
Sobre o futuro, Nugent liga o movimento nerd ao do hip hop para prever que mais adeptos irão se juntar ao grupo. “Tem muitas coisas sobre os artistas do hip hop como Tyler, The Creator, e outros integrantes do grupo Odd Future que me deixam intrigado. Eu acho que eles mostraram que é possível ganhar um grande número de seguidores usando tecnologias sociais de maneira inteligente e falando sobre alienação social”, conclui.



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TV conectada com internet é a mais nova atração das lojas de eletrônicos

A TV conectada é a mais nova atração das lojas de eletrônicos. Dois tipos disputam o mercado: as TVs equipadas com navegador, que permitem acessar qualquer site - como no computador e as TVs sem navegador, as primeiras que foram lançadas.
Elas oferecem acesso a conteúdos limitados - em aplicativos desenvolvidos para os fabricantes.

O empresário André Salles comprou uma. Entre um programa e outro, acessa mapas para definir o roteiro das férias, assiste vídeos na internet e bate-papo em redes sociais.
“É bacana porque você pode a qualquer momento acessar qualquer tipo de informação na internet. Você consegue ver vídeos em alta definição, numa TV de 42 polegadas, é muito mais confortável do que assistir no monitor com 13, 15 polegadas de um computador.
As mensagens escritas são lidas pelo amigo do outro lado da cidade, também pela TV. Um pouco maior, mas com a mesma tecnologia. “Agora as coisas ficaram mais práticas. Não preciso andar com celular e notebook ao lado da televisão. Ela supre completamente a necessidade”, diz o analista de sistemas Fred Evangelista.
A mulher de Fred, a designer Alessandra Fontana, gosta do resultado mas ainda não se acostumou com o brinquedinho sofisticado.“Antigamente eu conseguia ligar a TV, agora nem mais ligar a TV eu sei”.
Como toda tecnologia de ponta, o preço da TV conectada é mais salgado. Chega a custar 20% a mais do que uma similar sem o recurso.
A conexão com a internet pode ser feita por cabo ou sem fio. Entre as TVs com conexão sem fio, há modelos com o receptor wireless embutido e outros que precisam de um adaptador, que custa R$ 200. Parece um pen drive, que é conectado à porta USB da TV. O desempenho, é claro, depende da velocidade da conexão. “A gente recomenda cinco megas”, diz o consultor de produtos da Samsung, Ximenes Fernandes.
Dependendo do modelo da televisão, ela vem com um controle convencional em que é preciso apertar várias vezes a tecla pra acionar números ou letras, ou vem com um controle que imita bastante o teclado do computador. Mas em muitos modelos é opcional. Custa na faixa de R$300.
Ele é um pouco mais prático, mas o controle remoto ainda é o ponto fraco da navegação pela TV. “Como o celular antigamente, antes de ter tela touch, você tinha que digitar no celular usando os números. Era muito ruim, o controle a mesma coisa”, explica André.
Em compensação, o tamanho da tela e a qualidade do som são um diferencial para quem faz vídeo-chamadas.
Em alguns modelos, é possível ver a programação da tevê e acessar a internet ao mesmo tempo. “O que a gente busca é trazer o usuário do notebook, o usuário do computador, criar esse conforto e trazer ele pra TV, fazendo com que a TV seja o centro de entretenimento da casa”, fala o gerente de TV da Samsung, Rafael Cintra.
Por essas e outras, os fabricantes não têm dúvida de que essa não é uma moda passageira. “Atualmente a gente tem cerca de 70% do nosso portifólio conectado a internet. Para 2011, até o final do ano, a gente vai ter 100% das TVs, todo mundo quer estar conectado”, diz a analista de desenvolvimento de produtos da Panasonic, Bruna Hatakeyama.



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PayPal e eBay processam Google por roubo de segredos comerciais

Google contratou executivo do PayPal da área de pagamentos móveis.

Gigante da internet lançou serviço que permite pagar pelo Android.




O eBay e sua subsidiária de pagamentos on-line PayPal registraram uma ação contra o Google na quinta-feira (26) alegando que a gigante da internet roubou os seus segredos comerciais quando contratou um executivo chave da empresa.
A ação alega que Osama Bedier, ex-executivo sênior do PayPal que trabalhava na área de pagamentos móveis, desviou segredos comerciais da companhia quando começou a trabalhar no Google no início de 2011.
Segundo o eBay, o PayPal e o Google colaboraram estreitamente durante três anos no desenvolvimento de um acordo comercial sob o qual o PayPal serviria como opção de pagamento para celulares com Android.

“Quando o PayPal estava finalizando a negociação com o Android, Bedier foi entrevistado para uma vaga no Google sem informar o PayPal sobre isso”, afirmou a ação.
A vice-presidente do Google Stephanie Tilenius, também ex-executiva do PayPal, é acusada de ter violado o seu contrato com o eBay ao ter recrutado Bedier. O processo também alega que Bedier tentou recrutar outros ex-colegas do PayPal.
Os dois executivos, Bedier e Stephanie, comandaram na quinta-feira (26) o lançamento do sistema de pagamento para celulares do Google, em parceria com a MasterCard, Citigroup e a operadora de telefonia móvel Sprint.




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Robô recicla ar-condicionado e geladeira nos EUA

Máquina separa os materiais que podem ser reutilizados por empresas.


Aparelho está em operação no estado de Ohio.

 (Foto: AP)

Um robô nos Estados Unidos é responsável por reciclar geladeiras e ar-condicionado de forma automatizada. A máquina, que mais parece um caminhão, destroi os aparelhos e consegue separar em pouco tempo todos os materiais como alumínio, ferro e borracha.




O produto final do robô da empresa JACO Environmental pode ser utilizado por empresas para fazer novas geladeiras.



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Novo 'X-Men' desafia tradição em aposta arriscada

Situado nos anos 60, 'Primeira classe' renova elenco de série de sucesso.


Diretor descarta HQs e embaralha origens de heróis e vilões da Marvel.

 


Onze anos, três filmes e mais de US$ 1 bilhão acumulado em bilheterias mundiais desde sua estreia no cinema em 2000, o grupo de mutantes dos quadrinhos X-Men se prepara para recomeçar do zero com um novo filme, que estreia na próxima sexta-feira (3).
Em vez de seguir adiante com os mesmos atores e linha narrativa, "X-Men: primeira classe" renova o elenco, volta no tempo e encontra os mutantes nos anos 60, antes da criação da escola do Professor Xavier.
Agora interpretado por James McAvoy, Charles Xavier é um jovem recém-formado que se dedica a procurar e estudar a existência de humanos com superpoderes como ele. O personagem ainda não tem a careca ou a cadeira de rodas que se tornaram suas marcas registradas nas quase cinco décadas das HQs e nos longa anteriores.
Na outra ponta, está Erik Lensherr (Michael Fassbender), sobrevivente de um campo de concentração na Polônia obcecado por vingar a morte de sua mãe, executada diante de seus olhos por um carrasco nazista chamado Sebastian Shaw (Kevin Bacon), que, por sua vez, também está reunindo seu grupo de mutantes.


A trama principal de "Primeira classe" gira em torno do encontro entre eles e da aliança de conveniência firmada para combater os avanços de Shaw. Apesar das afinidades entre Xavier e Lensherr - ele também um mutante, capaz de controlar objetos de metais com o pensamento -, a dupla tem uma discordância fundamental: o primeiro luta para ser aceito e mostrar que os mutantes precisam se aliar aos humanos, já o segundo, que se tornaria Magneto, não acredita na convivência pacífica entre as espécies e prega que a melhor defesa é o ataque.



Essas duas visões opostas de mundo estão na origem da criação dos X-Men e da Irmandade dos Mutantes e na base dos conflitos que sempre acompanharam as histórias em quadrinhos desses heróis e vilões criados por Stan Lee e Jack Kirby na década de 60.
Na essência, portanto, o longa-metragem dirigido por Matthew Vaughn mantém-se fiel aos princípios dos personagens. Já na forma...
Incensado por dar uma cara realista aos filmes de super-heróis com a adaptação de "Kick-ass", Vaughn já declarou que preferiu colocar de lado as HQs dos X-Men para trabalhar em sua própria história (com carta branca de Bryan Singer, diretor dos dois primeiros filmes da franquia e produtor e corroteirista deste).
Com "Primeira classe", ele reescreve episódios significativos das origens dos personagens, altera cronologias e alianças e insere eventos e ambiguidades que não necessariamente estavam lá nas primeiras histórias. Em entrevistas, o diretor chegou a afirmar que tentou emprestar apenas o "clima" das HQs originais - movidas pela constante tensão militar entre EUA e URSS - e criar uma espécie de filme de James Bond com os mutantes da Marvel.
O pano de fundo histórico da Crise dos Mísseis de Cuba e o figurino de bond-girl da vilã Emma Frost ajudam, sem dúvida, nessa tarefa. Mas daí a considerar "Primeira classe" uma grande ousadia por essas mudanças talvez seja um exagero.

Não é de hoje que os autores de HQs flertam com episódios históricos, em especial os da Guerra Fria, para dar mais força às histórias. A suposta injeção de realismo também parece mais convincente nos longas de Singer, que usavam o drama dos mutantes para lider com temas ainda mais atuais como genética, bioética e terrorismo.
Ao optar por reinventar um "novelão" que já dura há tanto tempo e abandonar um elenco bem sucedido em favor de novos nomes, Vaughn faz a mesma aposta arriscada que as próprias editoras de quadrinhos promovem de tempos em tempos - matando e ressuscitando heróis, casando e descasando personagens, agradando novos e desagradando velhos leitores.
Se a decisão desta vez é acertada ou não, nem o telepata Xavier tem como saber. Mas uma coisa é certa: na sessão que o site G1 conferiu na manhã desta sexta (27), em São Paulo, a reação mais simpática do público foi quando Hugh Jackman fez uma aparição-relâmpago como Wolverine e arrancou gargalhadas como o bom - e velho - ranzinza que todos aprenderam a amar no cinema na última década.



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Inusitado: Um caixão no meio de avenida de Duque de Caxias

Imagem foi feita por volta das 13h no Jardim Gramacho, próximo a lixão.

Segundo internauta do site G1, caixão sumiu depois de algumas horas.

Caixão no meio da avenida por volta das 13h (Foto: Edecildo Tavares da Silva / VC no G1)




Eu estava no trabalho, no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), no meio da tarde desta sexta-feira (27), quando alguém falou: "Tem um caixão lá fora, no meio da rua". Saímos todos para ver e acabei fazendo esta foto quando um ônibus parou para deixar passageiros na Avenida Monte Castelo.
Nenhum cemitério por perto, nenhum necrotério no bairro e, mesmo assim, encontramos perdido no chão o impensável: um caixão. Ali, largado na esquina. A rua onde ele estava é de lixão. Quem é que joga fora um caixão?
Uns populares que passavam arregalavam os olhos, outros se benziam, outros simplesmente não acreditavam. Depois de algumas horas, o caixão sumiu. Quem é que pega um caixão jogado na rua? Para finalizar, um ônibus para ao lado, para deixar passageiros. Intuindo a oportunidade, eu saco a câmera e registro o flagrante.


Por Edecildo Tavares da Silva
Internauta, Duque de Caxias, RJ



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Vídeo que mostra luta entre gato e cobra faz sucesso na internet


Vídeo já superou o 1,2 milhão de acessos.

Internautas divergem sobre quem venceu o confronto.




Um vídeo publicado em 2010 na internet que mostra o confronto entre um gato e uma cobra continua fazendo sucesso. O vídeo postado no site YouTube já superou o 1,2 milhão de acessos. Pela velocidade dos ataques, fica até difícil saber quem venceu o combate. Para a maioria, o felino levou a melhor. Mas alguns apostam que o réptil saiu vencedor.






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Morre Osama Bin Laden, o homem mais procurado do planeta

Terrorista foi eliminado em operação conjunta dos EUA e Paquistão.

Ele estava em um esconderijo nos arredores da capital paquistanesa.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira (2) a morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército americano em parceria com o Paquistão, que localizou o terrorista durante a semana passada.

Neste domingo (1º), um pequeno grupo de soldados americanos conseguiu matá-lo em um esconderijo nos arredores de Islamabad, capital do Paquistão.

Houve troca de tiros, mas, segundo Obama, nenhum militar americano ficou ferido na operação e cuidados foram tomados para que nenhum civil fosse ferido. Segundo o presidente, o corpo do terrorista está em poder das autoridades dos EUA.



"Nesta noite tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da al -Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças." Enquanto Obama fazia seu pronunciamento, dezenas de norte-americanos cercavam a Casa Branca comemorando a morte do terrorista.

A morte de Bin Laden já havia sido divulgada pela rede de TV CNN e confirmada por três fontes norte-americanas e também havia sido anunciada pela agência de notícias Reuters.


Em frente à Casa Branca, em Washington, multidão comemora o anúncio da morte de Osama bin Laden.
(Foto: AP)

Procurado havia pelo menos dez anos pelos EUA, Bin Laden é considerado o mentor dos atentados de 11 de Setembro de 2001, que derrubaram as Torres Gêmeas em Nova York, atingiram o Pentágono e deixaram cerca de 3.000 mortos. O terrorista também é conhecido por ataques a alvos norte-americanos na África e no Oriente Médio na década de 1990.

Após os atentados em NY, ele se tornou o homem mais procurado do mundo, com uma recompensa de US$ 25 milhões por sua cabeça. Desde então, passou a ser buscado por dezenas de milhares de soldados dos Estados Unidos e do Paquistão. Nesse período, Bin Laden reaparecia episodicamente em gravações de áudio e vídeo ao longo dos anos, alto, magro, sempre usando barba.

Bin Laden nasceu na Arábia Saudita em 1957, em uma família de mais de 50 irmãos. Ele era filho do magnata da construção Mohamed bin Laden. Seu primeiro casamento foi com uma prima síria, aos 17 anos. Acredita-se que ele tenha tido 23 filhos com ao menos cinco esposas.





(Foto: Reuters)

Bin Laden utilizou sua fortuna para financiar a Jihad (guerra santa) contra os soviéticos e depois contra os americanos. Em 1973, entrou em contato com grupos radicais islâmicos. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para combater os invasores com o apoio da CIA, a Agência Central de Inteligência americana. Sua organização, a al-Qaeda ("A Base"), foi fundada em 1988, um ano antes da retirada soviética do Afeganistão.

Em 1989, ele voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, ele criticou a família real por ter autorizado o desembarque de soldados americanos em território saudita, posição que lhe rendeu o status de persona non grata no seu próprio país.

Instalou-se então no Sudão, onde os serviços americanos de inteligência o acusaram de financiar campos de treinamento de terroristas. Em 1994, foi definitivamente privado da nacionalidade saudita.



Em 1996, o Sudão, submetido à pressões americanas e da ONU, pediu a Bin Laden que fosse embora do país. Ele foi então para o Afeganistão, onde organizou uma dezena de campos de treinamento e passou a lançar apelos contra os Estados Unidos. A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos.

Em 1999, ele foi incluído na lista da Birô Federal de Investigações americano (FBI) entre as dez pessoas mais procuradas do mundo. Bin Laden também foi acusado de ter ordenado o ataque contra o navio americano "USS Cole" no Iêmen, que fez 17 mortos em outubro de 2000.




Fonte:

#ZICAZERO