Abatido, treinador lembra que tinha um acordo de só quatro anos com a CBF
Visivelmente abatido e com um tom bem mais ameno nas palavras, o técnico Dunga deixou a entender durante a entrevista coletiva oficial da Fifa que vai deixar o comando da seleção brasileira após a derrota por 2 a 1 para a Holanda, nesta sexta-feira, e a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo. O treinador falou pouco sobre o assunto, mas lembrou que foi contratado para comandar a seleção por quatro anos.
- Quanto ao meu futuro, desde que eu cheguei à seleção todo mundo já sabia que seria para ficar quatro anos - disse.
A entrevista coletiva foi bem mais rápida do que o normal e terminou com muitos jornalistas ainda querendo fazer perguntas ao técnico da seleção brasileira. Foram apenas sete minutos e 39 segundos e somente sete perguntas, sendo que uma em inglês feita por um funcionário da Fifa. Dunga evitou encontrar um culpado pela eliminação da Copa do Mundo. O treinador foi questionado sobre a parcela de responsabilidade de Felipe Melo, expulso no segundo tempo após fazer falta e, em seguida, dar um pisão em Robben.
- Acho que a culpa é de todos nós, e eu levo a maior parte. Seria injusto eu falar do Felipe. Quando (a seleção) ganhou, todos ganharam. Não é a primeira vez que um jogador é expulso em uma Copa do Mundo.
O treinador brasileiro reclamou da arbitragem do japonês Yuichi Nishimura.
- Atuar com um jogador a menos sempre dificulta mais. Desde o início do jogo nós comentamos que o juiz estava sendo pressionado, e algumas faltas que não existiam estavam sendo marcadas. Tive que tirar o Michel Bastos porque ele deu cartão em um lance que nem falta foi. Só quem está dentro de campo é que tem uma noção melhor - disse Dunga.
Desde que assumiu a seleção, após a Copa do Mundo de 2006, Dunga comandou o Brasil em 60 jogos. Foram 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas. Neste período, o treinador conquistou a Copa América, a Copa das Confederações e terminou em primeiro lugar as eliminatórias da Copa do Mundo.
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