Descoberta recua a data do domínio do fogo em 300 mil anos.Cinzas de plantas e ossos chamuscados foram encontrados em caverna.
Fundo da caverna Wonderwerk (Foto: R. Yates/Divulgação)
Um estudo publicado nesta segunda-feira (2) pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências, indica que nossos antepassados começaram a dominar o fogo há um milhão de anos - 300 mil antes do que os pesquisadores acreditavam anteriormente.O artigo afirma que esta é “a mais antiga evidência segura de fogo em um contexto arqueológico”.A descoberta se baseia em fragmentos encontrados na caverna Wonderwerk, na África do Sul. São cinzas de plantas e pedaços de ossos chamuscados, aparentemente queimados dentro da caverna, e não trazidos de fora por fenômenos naturais.
Pedaço de osso chamuscado há 1 milhão de anos
(Foto: Paul Goldberg/Divulgação)
Além disto, objetos encontrados no sítio arqueológico, como minério de ferro, também foram expostos ao fogo. A análise dos especialistas, feita com uma tecnologia em infravermelho, mostrou que a temperatura da fogueira de folhas e gravetos não passava de 700 graus Celsius.O achado fundamenta estudos anteriores, que afirmam que o Homo erectus – antepassado do homem moderno – era adaptado à dieta de alimentos cozidos.“O impacto de cozinhar alimentos é bem documentado, mas o impacto do controle do fogo teria alcançado todos os elementos da sociedade humana. Socializar em volta de uma fogueira de acampamento pode ser, na verdade, um aspecto essencial do que nos torna humanos”, afirmou Michael Chazan, um dos autores da pesquisa, em material divulgado pela Universidade de Toronto, no Canadá, onde ele trabalha.
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Um estudo publicado nesta segunda-feira (2) pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências, indica que nossos antepassados começaram a dominar o fogo há um milhão de anos - 300 mil antes do que os pesquisadores acreditavam anteriormente.
O artigo afirma que esta é “a mais antiga evidência segura de fogo em um contexto arqueológico”.
A descoberta se baseia em fragmentos encontrados na caverna Wonderwerk, na África do Sul. São cinzas de plantas e pedaços de ossos chamuscados, aparentemente queimados dentro da caverna, e não trazidos de fora por fenômenos naturais.
Pedaço de osso chamuscado há 1 milhão de anos (Foto: Paul Goldberg/Divulgação) |
Além disto, objetos encontrados no sítio arqueológico, como minério de ferro, também foram expostos ao fogo. A análise dos especialistas, feita com uma tecnologia em infravermelho, mostrou que a temperatura da fogueira de folhas e gravetos não passava de 700 graus Celsius.
O achado fundamenta estudos anteriores, que afirmam que o Homo erectus – antepassado do homem moderno – era adaptado à dieta de alimentos cozidos.
“O impacto de cozinhar alimentos é bem documentado, mas o impacto do controle do fogo teria alcançado todos os elementos da sociedade humana. Socializar em volta de uma fogueira de acampamento pode ser, na verdade, um aspecto essencial do que nos torna humanos”, afirmou Michael Chazan, um dos autores da pesquisa, em material divulgado pela Universidade de Toronto, no Canadá, onde ele trabalha.
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