Dalai Lama conversa com chineses pelo Twitter

Líder religioso e político tibetano exilado usou a página de intelectual chinês


Durante uma hora, o Dalai Lama respondeu a 300 perguntas




O Dalai Lama, líder religioso e político tibetano exilado, conseguiu responder a perguntas de internautas chineses usando a rede social Twitter e mostrou que tem esperança em melhoras na situação do Tibete no futuro.



Foi a primeira ocasião na qual o Prêmio Nobel da Paz manteve contato com um grupo grande de cidadãos da China, embora não se saiba quantas pessoas conseguiram acompanhar a conversa, já que o Twitter foi bloqueado pela censura oficial de Pequim.



O Dalai respondeu desde Nova York a algumas das mais de 1.200 perguntas que recebeu através da página no Twitter de Wang Lixiong, um intelectual chinês que tem postura crítica ao regime comunista.



- Acho que em um futuro não muito distante haverá mudanças e os problemas se resolverão - afirmou o líder tibetano, que precisou utilizar respostas breves, já que o Twitter não permite mais de 140 caracteres por post.



O Dalai Lama destacou que suas críticas e suas demandas de maior autonomia para o Tibete se dirigem aos dirigentes da China, não aos cidadãos.



- O Governo cria as tensões, não o povo.

Nos últimos anos foram realizadas várias rodadas de conversas entre o Partido Comunista da China (PCCh) e representantes do Dalai Lama, embora com poucos resultados.



As críticas da China contra o Dalai Lama aumentaram após as revoltas tibetanas de março de 2008, as piores em 20 anos, quando Pequim afirmou que pessoas próximas ao líder budista organizaram os distúrbios premeditados, aproveitando a proximidade dos Jogos Olímpicos de Pequim.



O Twitter está censurado na China há um ano, quando a ferramenta e outras como Facebook e YouTube foram bloqueadas, coincidindo com as revoltas uigures em Xinjiang (ao norte do Tibete) e o tenso cinquentenário da fuga do Dalai Lama à Índia.



No entanto, muitos cidadãos chineses conseguem driblar a censura chinesa para acessar páginas proibidas, como com o uso de conexões privadas ou de servidores de internet no exterior.



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