novembro 25, 2010

Uso constante de GPS pode prejudicar memória, diz pesquisa


Estudo canadense sugere que capacidade do cérebro pode ser prejudicada com uso frequente de gadget





Apesar de ter facilitado a vida de motoristas nas grandes cidades, o uso contínuo de GPS pode prejudicar uma área do cérebro responsável pela localização. Um estudo da Universidade de McGill, no Canadá, sugere que o uso frequente do sistema de localização via satélite pode causar problemas de memória e orientação espacial.

O estudo, publicado no PhysOrg.com, considerou duas das maneiras mais comuns das pessoas se localizarem. A primeira delas é quando a pessoa busca pontos de referência para a construção de mapas mentais. A outra, chamada de estímulo-resposta, é uma espécie de piloto automático, quando uma pessoa usa repetidamente o mesmo caminho ou opta por rotas conhecidas e acaba fazendo quase sem pensar – esta forma é semelhante ao uso do GPS.

Os participantes da pesquisa – adultos mais velhos que usavam GPS e que não faziam uso do aparelho - navegaram por labirintos virtuais enquanto o cérebro passava por uma ressonância magnética. Os mais jovens preferiram método de navegação espacial, já os mais velhos preferiram o processo de estímulo resposta, semelhante ao que acontece com o GPS.


Outra descoberta foi que, quem usa o sistema de navegação espacial – sem GPS – teve aumento de atividade na região do hipocampo e tinha mais massa cinzenta nesta área. Esta região do cérebro está relacionada com a memória e localização. Por isso, os cientistas suspeitam que a navegação automática, no estilo GPS, poderia atrofiar o hipocampo e afetar a memória com o tempo.

Os participantes que usaram o sistema espacial (diferente daquele com o GPS) ainda se saíram melhor que os outros em um teste cognitivo geralmente usado para diagnosticar o Mal de Alzheimer. Mas os pesquisadores ainda não sabem se usar o sistema de navegação especial ajuda a desenvolver o hipocampo – e por consequência, a memória – ou se que opta por usar este sistema de localização já tem o hipocampo mais desenvolvido.

Os cientistas, no então, não estão dizendo para banirmos o GPS de nossas vidas, mas para que não usemos o aparelho com tanta frequência, para ir a lugares que já conhecemos ou para retornar de percursos em que usamos o parelho durante a ida.




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